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COLETA DE LIXO NO BRASIL E NO MUNDO

  • Coleta de lixo
  • 3 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de mai. de 2019

É sabido que o lixo é um grande objeto de estudo tanto ambiental quanto economicamente, embora muitos tratem como algo insignificante ou talvez despercebidamente, segundo o relatório sobre geração de lixo urbano no mundo chamado “What a waste: A global review of solid waste managemet” (Em português: “Que desperdício: um relatório global sobre a gestão de resíduos sólidos) feito pelo Banco Mundial, todas as cidades do planeta acumulam em média 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos por ano, representando 1,2 quilo de resíduos por pessoa, diariamente, tendo como previsão que com o gradativo aumento populacional, o acúmulo de materiais suba para 2,2 bilhões em 2025.

O Brasil, segundo uma pesquisa feita em março de 2019, pelo Fundo Mundial para a Natureza, é o quarto país no mundo que mais produz lixo sendo que ocupa a 40ª posição no ranking mundial do crescimento do PIB entre 42 países. Nota-se uma severa necessidade de um melhor plano de otimização para com o lixo e suas respectivas necessidades, tais como coleta e despejo.

A partir disso, elencam-se exemplos destaques na coleta de lixo, sendo cada um com uma particularidade inovadora:


1º Barcelona: Em Barcelona, Espanha, há um sistema de coleta de lixo por sucção, que funciona basicamente em uma disposição de tubulações subterrâneas que sugam o lixo das casas e indústrias e transportam para uma central de compressão e distribuição. Além da vantagem de diminuição de caminhões para fazer o serviço de coleta, é inodoro e evita o acúmulo de sacos nas ruas.


2º Alemanha: A partir de 2011, de acordo com o Eurostat, 63% de todos os resíduos urbanos foram reciclados na Alemanha, sendo 46% por reciclagem e 17% por compostagem, além disso, a taxa de lixo que acaba em aterros sanitários neste país é virtualmente zero, pois 8 em cada 10 quilos de lixo não reaproveitado é incinerado de forma que gere energia. Grande parte dos avanços deve-se à cobrança de taxas municipais para a coleta de lixo desde o século 19, outro ponto de destaque é a utilização de vasilhames padronizados para acondicionamento do lixo.


3º San Francisco: Adotou-se a iniciativa “Zero Waste” (“Resíduo Zero”), sendo como o principal objetivo eliminar os resíduos destinados a aterros sanitários e reintroduzir em processos produtivos, e para que isso aconteça, foram adotadas algumas estratégias: estimular as empresas e consumidores que evitem lixo indesejado; reciclar e compostar, implantando programas para reciclagem e compostagem para quase todos os resíduos produzidos em toda a cidade; tratar produtos tóxicos de modo que não misture com os resíduos comuns.


4º Linkoping: Em Linkoping, Suécia, apenas 1% de todo o lixo é destinado aos aterros sanitários, sendo que, o que chamam de lixo inflamável, é levado pelos próprios moradores aos centros de reciclagem espalhados pela cidade e recebem por isso, além de que boa parte desse lixo é transformado em biogás. Devido ao sucesso do projeto, além da usina de biogás a cidade construiu uma usina termoelétrica, sendo que, o lixo que não vira gás, alimenta as turbinas para produzirem eletricidade.


5º Caxias do Sul: Em Caxias do Sul, cidade do Rio Grande do Sul (Brasil), conta com a colaboração dos moradores para fornecer o lixo reciclável em troca de frutas e hortaliças, o despejo deve ser feito no ecoponto, e muitas vezes, não só frutas e hortaliças podem ser objeto de escambo, sendo que podem conseguir utensílios domésticos.


6º Curitiba: Na cidade de Curitiba, também na região sul do Brasil mas no estado do Paraná, possui o Programa Compra do Lixo, que baseia-se na troca de resíduos por vales de transportes e alimentos, no mesmo princípio adotado por Caxias do Sul. A cidade investe no ensino, desde o ensino básico, de conscientização ambiental, educando as crianças a separar o lixo em casa. A cidade aproveita 70% dos resíduos e trabalha com uma rede de catadores de lixo reciclável e não reciclável.


7º Itu: Cidade do interior de São Paulo, implementou por meio de uma Parceria Público-Privado (PPP), a coleta com contêineres em toda a cidade. Em vez de a prefeitura fazer a coleta porta a porta, o morador leva seus resíduos e é recompensado em troca.


A partir dos exemplos enaltecidos, nota-se que há modelos a fim de otimizar o processo de coleta de lixo e foram modelados a partir de um sistema dinâmica inicial, procurando um melhor ganho para chegar no resultado desejado.

Giovanni Bertolucci

 
 
 

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